Este documentário analisa o impacto negativo que o homem tem exercido no nosso planeta nos últimos 200 mil anos e que coloca em risco iminente o equilíbrio estabelecido por quase 4 biliões de anos de evolução.
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Donos
de Portugal é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de poder económico.
O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do
país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.
Mello,
Champalimaud, Espírito Santo – as fortunas cruzam-se pelo casamento e
integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder
reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade
com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins
- afirmam-se sobre a mesma base.
No
momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento
económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções
que nos trouxeram até aqui.
Produzido
para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem
montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.
Donos
de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís
Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, editado em 2011 pela Afrontamento.
São 7 episódios que tencionam retratar a sociedade portuguesa
contemporânea. O autor António Barreto (sociólogo) tentou
responder às perguntas mais simples. Quem somos? Onde vivemos? Como
trabalhamos? Que saúde, que educação e que justiça temos? e conseguiu criar materiais
fundamentais para compreender um pouco melhor o Portugal de hoje.
Para isso, o autor recorreu à comparação com o que Portugal era há
três ou quatro décadas e sublinhou especialmente as grandes mudanças ocorridas
desde então. É o mesmo país, mas os portugueses já não são os mesmos.
1 -
Gente diferente: Quem somos, quantos somos e onde vivemos?
Os portugueses são hoje muito diferentes do que eram há trinta
anos. Vivem e trabalham de outro modo. Mas sentem pertencer ao mesmo país dos
nossos avós. É o resultado da história e da memória que cria um património
comum. Nascem em melhores condições, mas nascem menos. Vivem mais tempo. Têm
famílias mais pequenas. Os idosos vivem cada vez mais sós.
2 - Ganhar o pão: O que fazemos?
O trabalho mudou muito nestas últimas décadas. A maioria dos
portugueses trabalha nos serviços. Poucos trabalham na agricultura e ainda
menos nas pescas. Muitos emigraram. As mulheres são metade das pessoas que
trabalham, o que é uma grande diferença com o passado recente. Com a integração
europeia, a economia portuguesa fez uma grande mudança. Todos vivem melhor, mas
há muitas empresas que não conseguiram adaptar-se às novas condições.
3 - Mudar de vida: O
fim da sociedade rural
A sociedade contemporânea, urbana, era ainda há pouco tempo rural.
Mudou muito depressa. Muitos portugueses emigraram, a maior parte saiu das
aldeias e foi viver para as cidades e para o litoral. O campo está despovoado.
As cidades cresceram. As estradas aproximaram as regiões. Nas áreas metropolitanas,
organizou-se uma nova vida quotidiana. Há mais conforto dentro das casas, mas
as condições de vida nas cidades são difíceis.
4 - Nós e os outros:
Uma sociedade plural
Há quarenta anos, havia só um povo, uma etnia, uma língua, uma
cultura, uma religião e uma política. Hoje, Portugal é uma sociedade plural.
Primeiro a emigração e o turismo, depois a democracia, finalmente os imigrantes
estrangeiros, fizeram de Portugal uma sociedade aberta. Falam-se todas as
línguas, reza-se a todos os deuses, há todas as convicções políticas. Os
Portugueses aprendem a viver com os outros.
5 – Cidadãos:
Direitos políticos e sociais
Com a sociedade aberta, a democracia, a integração europeia e o
crescimento económico, os Portugueses são hoje cidadãos plenos pela primeira
vez na sua história. Têm os direitos políticos e sociais e as respetivas
garantias. As mulheres são iguais aos homens. Mas a justiça, que deveria
acompanhar este progresso e adaptar-se à nova sociedade, tem dificuldades em
garantir os direitos dos cidadãos.
6 -
Igualdade e conflito: As relações sociais
As famílias portuguesas têm hoje mais rendimentos e mais conforto.
Em vinte ou trinta anos, o bem-estar melhorou mais que nos cem anteriores.
Cresceram as classes médias. Desenvolveu-se a sociedade de consumo de massas. O
comércio, as modas, a escola, a televisão e a cultura fazem uma sociedade onde
todos parecem iguais. Mas subsistem diferenças muito importantes de classes, de
poder económico, de geração, de sexo e de região.
7 - Um
país como os outros: A formação de uma sociedade europeia
Portugal já não se distingue, na Europa, como o país da ditadura,
da pobreza e do analfabetismo. Embora ainda atrasado, os Portugueses são hoje
cidadãos livres e têm acesso aos grandes serviços do Estado de Proteção Social.
A educação, a segurança social e a saúde são para todos. Mas ainda há
insuficiências, corrupção e desperdício. E deficiências na saúde, na educação,
na segurança social e na justiça.